Antes de saber que estávamos "grávidos", nosso plano era fazer um mochilão pra Machu Picchu, passando pelo Deserto da Atacama, um pouco de Bolívia também, quem sabe. Mas grávida mochileira, ainda mais nessas áreas, até eu concordei que era demais. Se dependesse do Luiz Carlos (pai do Caio e meu maridão), eu não ia nem para o Cumbuco porque era esforço demais. Mas férias sem viajar, pra mim, era algo totalmente fora de cogitação.
Certo dia, um amigo de kitesurf do Lú comentou sobre Los Roques e ele ficou todo animado em conhecer "um dia". Tchanran!!! Pesquisei tudo, comprei passagens pra Caracas. Muita briga, cara feia, desculpas e mais desculpas do Lú pra não ir... Mas a mamãe do Caio é capricorniana e não teve jeito.
Fomos pra Los Roques em junho, quando eu estava completando 5 meses. Minha barriga estava começando a crescer de verdade, deixando de parecer com buchinho de cerveja. Deu até pra furar a fila da imigração em Caracas. Rs!
A viagem era mais light mas continuava sendo mochilão. Afinal, chegamos lá num sábado apenas com as dicas dos amigos e do site Mochileiros. Antes de sair da sala de desembarque, já tinha gente nos abordando para trocar nossos dólares por bolívares. O assédio é grande. O "câmbio negro" é muito mais vantajoso. Conseguimos trocar 1 dólar por 7 Bs, enquanto na casa de câmbio regular estava 1 para 4. Mas tem que ter muito cuidado. Os venezuelanos são muito "mala". Levamos imagens das cédulas válidas para tentar fugir dos picaretas. E trocamos com um funcionário do próprio aeroporto. Ficamos ainda com alguns dólares para tentar trocar na ilha pois diziam que o câmbio de lá era melhor.Bom, dinheiro na mão, fomos atrás das passagens para a ilha. A melhor companhia é a LTA. Mas o cara não quis vender a volta para a quinta-feira porque era o mesmo dia da nossa volta para o Brasil e eles não queriam se responsabilizar por algum imprevisto que nos fizesse perder o voo. Como não queríamos fazer nada em Caracas e a ideia era aproveitar o máximo de Los Roques, procuramos outras companhias, algum voo charter. Mas já estava tarde, estávamos cansados, então resolvemos ir para um hotel ali perto do aeroporto mesmo e voltar de manhã bem cedo pra tentar embarcar no primeiro voo da LTA, 6h da manhã. E como a equipe já tería mudado, enganaríamos o atendente e diríamos que nosso voo para o Brasil era só no dia seguinte.
Ficamos na Pousada Catimar. Eles oferecem tranporte gratuito para o aeroporto. Pagamos Bs 280,00. Pousadinha bem simples, fica numa região meio sinistra, portuária, mas foi tranquilo, afinal, era só pra descansar mesmo. Jantamos num restaurante ali pertinho, de frutos do mar com muito boa comida. Jantar com entradas, sobremesa, tudo, saiu por Bs 147.
Na manhã seguinte bem cedo voltamos para o aeroporto. Compramos a passagem para o primeiro voo. Pesquisamos alguns atrativos de Caracas e decidimos comprar a volta um dia antes mesmo. A passagem ida e volta saiu Bs 2720, para nós dois, sem as taxas de embarque que custaram uns Bs 65.
O avião é pequeno, acho que menor do que o que vai para Fernando de Noronha . E o Luiz Carlos, que tem medo de avião, começou a dar trabalho. Ai, ai... Pra completar, quando a gente estava chegando em Los Roques, já começando a sobrevoar a ilha, começou uma chuva com ventos e o piloto resolveu voltar. Foi muito engraçado ver a cara de pavor do Lú. A viagem é rapidinha, 20-25 minutos, e antes de chegarmos em Caracas novamente, a chuva já tinha passado. Mas tivemos que descer para reabastecerem a aeronave. E quase que o Luiz Carlos não volta para o avião. Rs! Depois desso, o voo foi mais tranquilo e a visão da chegada na ilha compensa qualquer coisa.
Bom, mas chegamos. Hora de procurar pousada. A ilha principal, Gran Roque, é bem pequena, uns 2 km, e não tem carro por lá. Saímos carregando nossas malas de pousada em pousada, conhecendo os locais, negociando preço. Decidimos ficar na Posada Guaripete. Ótima escolha! Pousada simples, com poucos quartos, mas aconchegantes e com uma comida maravilhosa. Fechamos a diária em 200 dólares com pensão completa e com os passeios para as ilhas próximas. A gerente da pousada é um amor de pessoa. E fechar o valor lá, pechinchando, valeu a pena. Conhecemos um casal de paulistas que fechou antes, pela internet, e pagou 270 dólares por dia.
Devidamente instalados, hora de conhecer o paraíso. O esquema na ilha é o seguinte: você escolhe uma ilha, uma lancha leva você até lá, monta um guarda-sol com as cadeiras, entrega uma "cava" (cooler) com comida e bebida, e marca uma hora para buscar. Foi aí que nossa pousada se destacou pois tinha uma lancha a disposição e a comida era muito boa. O jantar era um banquete de hotel 5 estrelas.
As ilhas que escolhemos foram as mais próximas que já estavam incluídas no pacote, Francisquí e Madrisquí, e uma mais distante, Cayo d'Água. Esse último passeio foi muito bom pois a lancha passa em vários outros lugares maravilhosos até chegar no destino final. Fomos num barco maior com várias pessoas, o cara fez um ceviche com um peixe que ele pescou no meio do caminho, passamos por uma área de preservação de tartarugas... Nesse passeio conhecemos umas brasileiras. No dia seguinte o Lú se sentiu um pouco mal e eu fui com elas para uma ilha chamada Cayo Muerto. Na verdade, era só uma faixa de terra, de uns 200 metros, no meio do nada. Elas que escolheram. Queriam fazer topless.
Pra quem gosta de praia e está afim de relaxar, esse é o lugar. O ideal é levar snorkel, frescobol, livros... Coisas pra passar o tempo. Lú levou o kite mas o vento estava meio instável na época apesar de lá ser um pico famoso. Só tentou o velejo no último dia, sem muito sucesso, só pra dizer que velejou em Los Roques.
Bom, mas eu poderia escrever zilhões de páginas aqui e não conseguiria descrever a maravilha que é esse lugar. Melhor deixar que as imagens falem por mim.
Devidamente instalados, hora de conhecer o paraíso. O esquema na ilha é o seguinte: você escolhe uma ilha, uma lancha leva você até lá, monta um guarda-sol com as cadeiras, entrega uma "cava" (cooler) com comida e bebida, e marca uma hora para buscar. Foi aí que nossa pousada se destacou pois tinha uma lancha a disposição e a comida era muito boa. O jantar era um banquete de hotel 5 estrelas.
As ilhas que escolhemos foram as mais próximas que já estavam incluídas no pacote, Francisquí e Madrisquí, e uma mais distante, Cayo d'Água. Esse último passeio foi muito bom pois a lancha passa em vários outros lugares maravilhosos até chegar no destino final. Fomos num barco maior com várias pessoas, o cara fez um ceviche com um peixe que ele pescou no meio do caminho, passamos por uma área de preservação de tartarugas... Nesse passeio conhecemos umas brasileiras. No dia seguinte o Lú se sentiu um pouco mal e eu fui com elas para uma ilha chamada Cayo Muerto. Na verdade, era só uma faixa de terra, de uns 200 metros, no meio do nada. Elas que escolheram. Queriam fazer topless.
Pra quem gosta de praia e está afim de relaxar, esse é o lugar. O ideal é levar snorkel, frescobol, livros... Coisas pra passar o tempo. Lú levou o kite mas o vento estava meio instável na época apesar de lá ser um pico famoso. Só tentou o velejo no último dia, sem muito sucesso, só pra dizer que velejou em Los Roques.
Bom, mas eu poderia escrever zilhões de páginas aqui e não conseguiria descrever a maravilha que é esse lugar. Melhor deixar que as imagens falem por mim.
Olha o Caio aí. =)
Comidinha especial de grávida.
Uma máquina waterproof é tudo de bom.
O peixinho que virou ceviche. Delícia!
O saldo da viagem foi muito positivo. Valeu muito a pena! Quem quiser ir, pode deixar Caracas de fora.
Comidinha especial de grávida.
Uma máquina waterproof é tudo de bom.
O peixinho que virou ceviche. Delícia!
Lú tirando foto das "brasileñas".
Os contratempos em Caracas não tiraram nem um pouco do brilho da viagem. Depois, ainda dei uma passadinha no Rio. O Lú voltou para Fortal e eu fiquei uns três dias por lá. Fui mostrar meu buchinho e me despedir temporariamente da mulambada. De quebra, assisti um showzinho do Mulheres.Só pra terminar, o último dia em Caracas foi um desastre. Dormimos na mesma pousada da chegada, perto do aeroporto. Eles não tinham lugar para guardar as malas depois do checkout. Então fomos para o aeroporto tentar alugar um carro. Não tinha nenhum disponível em nenhuma locadora, acreditam? Pegamos um táxi para conhecer a cidade. Conhecemos uma cidade de enormes contrastes sociais, cheia de favelas gigantescas nos morros e um trânsito infernal. Só conseguimos almoçar rapidinho no outback (claro!) e já era hora de voltar para o aeroporto.
O saldo da viagem foi muito positivo. Valeu muito a pena! Quem quiser ir, pode deixar Caracas de fora.
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